Participo em do grupo no Facebook chamado Nerdfighters Brasil, que é um grupo de fãs dos textos e dos vídeos do John Green, autor de A Culpa é das Estrelas, no Volgbrothers. Pedi para quem tivesse feito jornalismo me mandar depoimentos sobre a sua experiência na faculdade, matérias preferidas, estágio, trabalho... Enfim, tudo o que eles pudessem me dizer.
O problema é que as respostas me fizeram tremer na base. Me disseram que só o gosto por escrita não é o suficiente, que você tem de ser apaixonado pelo que faz, porque é muito trabalho para pouca remuneração, pouco reconhecimento e muita crítica e que você só segue no mercado se for apaixonada pelo ramo.
O problema é que eu NÃO sou apaixonada por jornalismo. O que eu amo mesmo fazer é ler milhões de livros um atrás do outro, ver filmes, me apaixonar pelos badboys das milhões séries que eu assisto, ter ataques de fan-girl, escrever resenhas, me perder no silêncio do meu quarto e no barulho dos meus pensamentos, aprender coisas que eu provavelmente nunca vou usar vendo vídeos na Internet, cantar o mais alto possível no chuveiro e aumentar o volume da caixa de som até os tímpanos explodirem.
Mas nada disso é algo em que se possa graduar, trabalhar e/ou ganhar dinheiro para fazer. O mais próximo que eu consegui chegar foi jornalismo e agora eu não sei nem se consigo.
Queria ser o Peter Pan. Poder voar até a Terra do Nunca e parar de crescer, sem ter de amadurecer e fazer escolhas difíceis, ter todo o tempo livre do mundo. Isso é pedir de mais?
Sei que sim, mas é o que eu queria. E se não posso ter isso, o que eu queria em troca é ter certeza de que estou fazendo a decisão certa ou errada. Não ter pressa para resolver algo deste tamanho.
Sei que sim, mas é o que eu queria. E se não posso ter isso, o que eu queria em troca é ter certeza de que estou fazendo a decisão certa ou errada. Não ter pressa para resolver algo deste tamanho.
Me leva embora Peter. Eu vou deixar a janela aberta.
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